Estão preparados?
Quando e por que começou a escrever? Quais foram suas inspirações e seus incentivos?
Comecei a escrever em 2006. Desde muito jovem imaginava histórias fantásticas. Visitava museus e bibliotecas e lia livros sobre História, Geografia, Arqueologia, Astronomia e Mitologia e me cercava de conhecimentos que, com o passar do tempo, me inspiraram a criar. Depois de adulto inventava inúmeras histórias para entreter meus filhos, e cheguei a conclusão que algumas delas poderiam virar livro. O Círculo de Pedra é apenas o primeiro de pelo menos oito projetos que, se der tudo certo, um dia se transformarão em livros
Todo escritor é, obviamente, um leitor voraz. Quais são os seus livros ou autores preferidos e por quê? Algo que eles escreveram te chamou a atenção ou marcou?
Gosto muito de Howard Lovecraft, Edgar Allan Poe, J.R.R. Tolkien, e atualmente estou gostando muito de Patrick Rothfuss com o seu ótimo O Nome do Vento.
A obra de Tolkien foi muito importante para me inspirar a criar mundos fantásticos. Adoro fugir da realidade e mergulhar em um mundo de fantasia onde tudo é possível. Mas os meus inseparáveis livros sobre Arqueologia e História foram a base para que o meu mundo se materializasse. Gosto de dar um aspecto real às histórias fantasiosas que eu crio para que não fiquem muito alegóricas e desagradem o leitor, pois é isso que gosto de me deparar nos livros que leio.
Como te surgiu a história e quanto tempo levou para escrevê-la?
Percebi que uma das histórias que contava para os meus filhos poderia virar livro, então passei a fazer pesquisas mais elaboradas para transformar a ideia em projeto e o projeto em livro. Nesse meio tempo pesquisei geologia, química, astronomia, povos antigos para que cada pessoa que lesse O Círculo de Pedra tivesse condições de viajar em um mundo totalmente novo e repleto de criaturas fantásticas. Levei um ano e meio para concluir a obra.
Na maioria das literaturas fantásticas vemos seres sobrenaturais e/ou mitológicos, mas animais e plantas comuns ao nosso mundo. Em “O Círculo de Pedra” é diferente, onde vemos flora e fauna bem desconhecidos. De onde surgiu a ideia para essa inovação e como foi criar criaturas e plantas tão exóticas?
Imagine que você desembarcasse em um outro mundo. Bem, nesse caso para torná-lo mais realista eu teria de criar coisas inovadoras para dar um aspecto diferenciado, para que o leitor se sentisse realmente desbravando um mundo diferente daquele o qual está acostumado. Muitas das coisas que se lê em O Círculo de Pedra nasceram dos momentos que antecedem o meu sono. Eu explico. Antes de dormir, no silêncio do meu quarto, imagino viajar por mundos imaginários com seres e plantas exóticas. É quase como uma hipnose feita em mim mesmo. Eu quase vejo o que imagino, e depois pego no sono. E no dia seguinte nasce uma nova criatura, cidade, árvore ou fruta. Esse é o meu melhor processo criativo.
Ao lermos sua dedicatória no livro vemos que homenageou alguns deles nomeando seus personagens. Há alguma semelhança entre eles além dos nomes? Ou um motivo especial por tê-los homenageado entre a história do livro?
Dois deles foram inspirados em pessoas que conheço bem. O primeiro é a Margaret ou Meg, obviamente baseado em minha mulher, Margareth. O outro, Rafael, foi em homenagem a um dos meus filhos que tem o mesmo nome. Não iria colocar a família inteira, mas eles, de alguma maneira, me inspiraram a desenvolver esses personagens.
Uma palinha do segundo livro:
O segundo livro necessariamente é a continuação e o desfecho de O Círculo de Pedra. O leitor será enviado a uma jornada maravilhosa, se deparando com novas criaturas incríveis, enfrentando perigos que colocará a sua vida por um fio, viajando por lugares nunca vistos. E um final épico.
Além da continuação de “O Círculo de Pedra”, tem outros projetos em mente?
Mais seis livros estão na fila de produção. Todos eles do gênero fantástico, um deles será de ficção-científica e acredito muito que vai agradar aos que apreciam este gênero literário. Dessa sequência de próximos lançamentos, o primeiro será um enigma que envolve a vida de um jovem que se muda para uma pequena cidade. Um outro será, bem... se você acredita na existência do inferno e criaturas demoníacas, saiba que eles podem estar bem mais perto de você. Portanto, cuidado por onde você anda.
Qual foi a parte mais difícil do processo literário (desde começar a escrever ao pós-venda)?
Começar a escrever a primeira linha. É a síndrome do papel em branco, mas agora eu já aprendi a lidar com isso. Não importa como você vai escrever, apenas escreva, escreva e escreva. E se não ficou tão bom, o importante é colocar as ideias pra fora. A revisão se encarrega do depois.
No Brasil não é nada fácil vender livro. O autor desconhecido tem que se lançar e divulgar a sua obra de todas as maneiras possíveis. Não é como o escritor consagrado que tem a mídia, a vitrine das livrarias e o seu nome reconhecido a seu favor como J K Rowling por exemplo. Mas um dia ela também sofreu isso, mas com uma grande diferença: lançar o seu primeiro livro em um país de leitores habituais.
Um sonho:
Viver apenas da Literatura, seria maravilhoso.
Uma realização:
Tornar O Círculo de Pedra uma realidade, e para quem já publicou um livro sabe exatamente do que estou falando.
Um recado para seus leitores:
Se você gosta de viver uma história fantástica e cheia de surpresas, desdobramentos e reviravoltas, então seja bem vindo ao O Círculo de Pedra, bem vindo ao meu mundo.
Bjs
Adoro conhecer novos autores.
ResponderExcluirEscrever é algo que nos faz entender melhor o mundo.
Beijos, ótimo blog.
http://luzia-medeiros.blogspot.com.br/