Campanha Anti-Plágio

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Desafio Literário

Recentemente eu li um livro que gostei muito, “Os Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas”. Ele é o primeiro de uma trilogia e é de um autor brasileiro. E a primeira coisa que me chamou a atenção dele foi a maneira como o autor reescrevia os contos de fadas.
Há muito tempo atrás eu ouvi falar que a história da Cinderela tem incontáveis versões, moda que parou até na Disney. Por causa do que ouvi falar e do livro que eu li, gostaria de propor uma brincadeira, um desafio literário.
Convido a quem quiser que escrevam pequenos contos, baseados em contos de fadas já conhecidos, porém modificados.
Como esse, uma versão chinesa de Cinderela:
 

"Certa vez, antes de Ch'in (222-206 a.C.) e Han havia um chefe das cavernas da montanha a quem os nativos chamavam chefe Wu. Ele se casou com duas mulheres uma das quais morreu deixando-lhe uma menina chamada Yeh Hsien. Essa menina era muito inteligente e habilidosa no bordado a ouro e o pai amava-a ternamente, mas, quando ele morreu, viu-se maltratada pela madrasta que seguidamente a forçava a cortar lenha e mandava-a a lugares perigosos para apanhar água em poços profundos.
Um dia, Yeh Hsien pescou um peixe com mais de duas polegadas de comprimento e que tinha as barbatanas vermelhas e os olhos dourados. Trouxe-o para casa e o pôs numa vasilha com água. Cada dia o peixe crescia mais e tanto cresceu que, finalmente, a vasilha não lhe serviu mais e a menina o soltou numa lagoa que havia por trás de sua casa. Yeh Hsien costumava alimentá-lo com as sobras de sua comida. Quando ela chegava à lagoa, o peixe vinha até a superfície e descansava a cabeça na margem, mas se alguém se aproximasse não aparecia.
Esse hábito curioso foi notado pela madrasta que esperou o peixe sem que este lhe aparecesse. Um dia, lançou mão de astúcia e disse à enteada: - "Não está cansada de trabalhar? Quero dar-lhe uma roupa nova." Em seguida fez Yeh Hsien tirar a roupa que vestia e mandou-a a várias centenas de li para trazer água de um poço. A velha, então, pôs o vestido de Yeh Hsien
No dia seguinte, Yeh Hsien voltou e ao aproximar-se da lagoa verificou que o peixe desaparecera. Correu para chorar escondida no meio do mato e nisso um homem de cabelo desgrenhado e coberto de andrajos desceu dos céus e a consolou, dizendo: - “Não chore. Sua mãe matou o peixe e enterrou os ossos num monturo. Vá para casa, leve os ossos para seu quarto e os esconda. Tudo o que você quiser peça que lhe será concedido". Yeh Hsien seguiu o conselho e pouco tempo depois tinha uma porção de ouro, de jóias e roupas de tecido tão caro que seriam capazes de deleitar o coração de qualquer donzela.
Na noite de uma festa tradicional chinesa, Yeh Hsien recebeu ordens de ficar em casa para tomar conta do pomar. Quando a jovem solitária viu que a mãe já ia longe, meteu-se num vestido de seda verde e seguiu-a até o local a festa. A irmã, que a reconhecera virou-se para a mãe dizendo: - "Não acha aquela jovem estranhamente parecida com minha irmã mais velha ?" A mãe também teve a impressão de reconhecê-la. Quando Yeh Hsien percebeu que a fitavam, correu, mas com tal pressa que perdeu um dos sapatinhos, o qual foi cair nas mãos dos populares.
Quando a mãe voltou para casa encontrou a filha dormindo com os braços ao redor de uma árvore; assim pôs de lado qualquer pensamento que pudesse ter sido acerca da identidade da jovem ricamente vestida.
Ora, perto das cavernas, havia um reino insular chamado T'o Huan. Por intermédio de forte exército governava duas vezes doze ilhas e suas águas territoriais cobriam vários milhares de li. O povo vendeu, portanto, o sapatinho para o Reino T'o Huan, onde foi ter às mãos do rei. O rei fêz as suas mulheres experimentá-lo, mas o sapatinho era cerca de uma polegada menor dos das que tinham os menores pés. Depois fez com que o experimentassem todas as mulheres do reino sem que nenhuma conseguisse calçá-lo.
O rei, então, suspeitou que o homem que o tinha levado o tivesse obtido por meios mágicos e mandou aprisioná-lo e torturá-lo. Mas o pobre infeliz nada pôde dizer sobre a procedência do sapato. Finalmente, emissários e correios foram enviados pela estrada para irem de casa em casa a fim de prenderem quem quer que tivesse o outro sapatinho. O rei estava muito intrigado.
A casa foi encontrada, bem como Yeh Hsien. Fizeram-na calçar os sapatinhos e eles couberam perfeitamente. Depois ela apareceu com os sapatinhos e o vestido de seda verde tal como uma deusa. Mandaram contar o caso ao rei e o rei levou Yeh Hsien para seu palácio na ilha juntamente com os ossos do peixe.
Assim que Yeh Hsien foi levada, a mãe e a irmã foram mortas a pedradas. Os populares apiedaram-se delas, sepultando-as num buraco e erigindo um túmulo a que deu o nome de "Túmulo das Arrependidas". Passaram a reverenciá-las como espíritos casamenteiros e sempre que alguém pedia-lhes uma graça no sentido de arranjar ou ser feliz em negócios de casamento tinha certeza de que sua prece era atendida.
O rei voltou à sua ilha e fez de Yeh Hsien sua primeira esposa. Mas durante o primeiro ano de seu casamento, ele pediu aos ossos do peixe tantos jades e coisas preciosas que eles se recusaram a conceder-lhe mais desejos. Por isso o rei pegou os ossos e enterrou-os bem perto do mar, junto com uma centena de pérolas e uma porção de ouro. Quando seus soldados se rebelaram contra ele, foi ter ao lugar em que enterrara os ossos, mas a maré os levara e nunca mais foram encontrados até hoje.
"
Fonte: http://amulhernachina.blogspot.com/2008/03/cinderela-chinesa.html


O conto deve ter como tema: “Meu conto de fadas”
O título será à escolha do escritor.
Vocês podem me enviar o conto à partir de agora (dia 23 de dezembro de 2011), até o dia 15 de fevereiro. Postarei os contos nesse mês, porém se chegar muito conto para publicar, também postarei em março.

As regras são para participar são:
Seguir publicamente este blog
Comentar, dizendo que vai participar.
Seguir o tema
Escrever um conto sem palavrões ou qualquer coisa degradante.
Enviar o conto para o e-mail: pamelachristinef@hotmail.com com o seguinte título: Meu conto de fadas

Bem, só isso. E não se esqueçam de corrigir o texto direitinho, porque eu não poderei fazer isso por vocês. E se o texto estiver dentro do padrão, postarei no blog por ordem de comentário.

6 comentários:

  1. Gostei da proposta, vou ver se escrevo alguma coisa, mas acho que vai demorar para ficar pronto.

    Só achei que a regra de "escrever um conto sem palavrões ou qualquer coisa degradante" desnecessária. Concordo que um texto cheio de palavrões não faz o menor sentido, mas não vejo problemas em ter um palavrão ou outro, no entanto que seja usado no momento certo e sem excesso.

    Boa sorte com o desafio, espero que receba muitos contos. =)

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  2. obj. Mas quanto à palavrões, acho que no lugar poderia ser usado algo como @#$%¨/*.
    Meio infantil, mas aí eu ñ preciso pôr meu blog classificado como "impróprio", rsrsrsrs.

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  3. é uma boa ideia e iniciativa, uma pena não ser meu tipo de escrita. Boa sorte aos participantes

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  4. humm, gostei, vou tentar (na verdade, meus livros são meio que a versão moderna dos contos LOL, mas vou fazer outra ^^')

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  5. Oi, Pamela, vi seu convite no Skoob e vim conferir. Tenho uma dúvida: é para rescrever o conto da forma como ele é ou posso modificar o meio e/ou o final? Eu fiz uma vez uma recontagem de Rapunzel, mas há diferenças em relação à história original. Serve assim? Vou ver se acho o arquivo e te mando. Se você achar que atende a proposta, você publica; se achar que não é bem isso, não publica. Pode ser?

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  6. Oi, estou escrevendo, mas não vou conseguir terminar a tempo, até porque vou ficar um tempo sem computador. =/ Tu gostaria que eu enviasse mesmo assim? Ou não preciso mandar se for dpois do prazo?

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